Todos conhecem a semente que caiu em solo fértil,
Aquela que floresceu, cresceu e deu seu fruto no tempo certo;
Dez, cem vezes mais...
Porém ninguém se lembra daquela outra semente,
A que caiu no meio dos espinhos e abrolhos
E com o tempo, sufocou-se, secou e morreu.
Ela morreu sim, mas não sem lutar.
Sob forte sol e acessando poucos nutrientes ainda germinou.
Mas fechada pelas folhas dos espinhos por pouco tempo viveu.
Ainda assim, essa semente deu esperança ao semeador que a observava.
Ela sabia que ela morreria, mesmo assim nela esperava.
Via sua perseverança e luta para crescer,
Porém por mais que quisesse e se esforçasse,
Não tinha chance frente a tantos empecilhos.
E assim ela secou e não produziu nada.
O semeador sabia do seu potencial,
E entendia as circunstâncias daquela semente.
E a acompanhou de perto enquanto enfraquecia.
Sentado à beira do campo, o sol ardente sentia.
- Semente, Oh! Semente! - Ele dizia. -
Não me deste o fruto que eu esperava, mas vi o quanto isso quiseste.
E por isso mesmo, reconheço o teu valor!