Lemos de Sousa

Zéfiro

Com galhos 

e janelas 

se tocando 

ele cessa.

Com a sombra 

na parede 

Pelo fio

do alfinete,

ele cessa.

Entre as teias 

e o telhado
 
— as aranhas, 

o terraço —

ele cessa.

Segue a chuva

pela fresta,

toca a pele

bem mais frio.

Ele cessa

o arrepio 

Ele cessa

meu silêncio:

Só não cessa,

triste folha,

teu caminho

sendo o vento ( ... )