Desde que o mundo é mundo,
existem amores sem destino,
e medos profundos —
de amar e não ser amado,
de se entregar e não ser cuidado.
Desde que o mundo é mundo,
a saudade cala o peito,
e o silêncio vira abrigo
pra quem tem vontade de gritar:
te quero nos meus braços,
sem pressa, sem medo,
não por posse,
mas pelo prazer de te sentir inteira.
Desde que o mundo é mundo,
há amores que se perdem na curva,
paixões que não encontram pouso,
e homens que tremem
só de imaginar o toque suave
de um destino ao teu lado.
Desde que o mundo é mundo,
existem desejos que sussurram
no meio da noite,
vontades que queimam no olhar,
e corações que batem em segredo,
só esperando o dia
em que o abraço seja realidade.
Desde que o mundo é mundo,
a beleza se revela aos poucos...
Mas em você, ela dança
nos detalhes mais simples:
no riso tímido, no andar distraído,
no olhar que não percebe
o quanto encanta.
Ninguém vê o que eu vejo,
porque só eu aprendi a te olhar de verdade.
Desde que o mundo é mundo,
há quem tema amar e se perder.
Mas eu — mesmo com medo —
prefiro me afogar nesse mar,
do que viver à margem,
sem nunca saber
como seria ter você,
não por ego, mas por entrega.
Desde que o mundo é mundo,
o tempo escapa, as chances voam,
mas minha vontade permanece.
E se meu olhar não mente,
é porque você é o verso mais bonito
que
o mundo ousou rimar,
e eu...
eu só queria te recitar.