Moça dos cabelos de chama
tu me despertas imenso ardor
A ti meu coração ainda clama
por onde andas com este fulgor?
Qual és a essência em enternecer-me
Quando encaro tua efélide e brígida face?
Eu Te encontro nas urbes e nas planuras
E Me encanto no tangível e nas caricaturas
Você é a dona deste profundo desejo
Em vivenciar contigo o único ensejo
Desta ânsia deveras intrincada no sobrevir
Urge ver-te na ilusa veleidade deste porvir
Neste penoso e angustiado fardo
Sinto-me escravo, um ser rasado
Talvez vassalo sob ânsia tirana
Mero deslumbre agora tão ominoso...
...bandeou num arraigado venenoso
Nada mais parece ter cintilância
A não ser...
...na mais doce e genuína prognose
Caminhar em inarrável bosque
Vislumbrar teu descalço chispar
E deleitar a mim um sorriso e olhar