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Corvos

Água caindo sob as nossas cabeças 
Epifania, quando estávamos juntos
Pobre dos orgulhosos, pobre dos que não vêem 
Nos misturamos em meio aos corvos

Olhos negros, pele escura, asas cinzentas 
Tão esperto, tão maltratado 
Não é sobre ser perfeito, é reconhecer como imperfeito 
Somos incapazes tentando ser capazes

Você consegue ver o mundo girar?
Eu simplesmente desisti de te agradar 
Não vou deixar de ser quem eu sou
Serei como um corvo, serei o que sou

Apenas faço o suficiente, escuto mais do que falo
Todos os dias, caindo, levantando, de novo e de novo
Talvez me chamem de medíocre, abaixo da média 
Mas, é errado ser feliz do jeito que é? O certo continua sendo certo mesmo que ninguém o faça 

Pense bem, pense de novo, arranque as cortinas, limpe os olhos, levante o rosto da água 
Sim, voando como corvos, apenas, corvos...