Ó Carmen dá-me o teu cachecol,
que te compõe logo pela manhã
o cachecol mais sexy do mundo,
cor de laranja, costurado a lã.
Quem me dera ser o teu cachecol
estar no teu pescoço a enfeitar,
dar voltas e andar à roda,
só para te aconchegar.
Conheci-vos no comboio,
e ele (cachecol) saltou de repente,
fomos à viagem toda a falar,
até sairmos no Oriente.
Combinei pagar-te uma bebida
e o cachecol também foi convidado,
mas tu não atendeste as chamadas,
nunca aparecestes ao combinado.
Roubei-te o cachecol,
mas o cheiro foge com o tempo,
tal e qual como a tua imagem,
do meu apaixonado pensamento.