No espelho dos tempos, reflete o destino,
Traçado em molduras que o vento não apaga
Caminho que segue, errante e divino
Na sombra e na luz que a vida desata.
Se o mundo se curva às leis do passado,
Quem ousa romper a sina imposta?
No brilho incerto de um fado velado,
Ergue-se o novo, que o velho desgosta.
Mas eis que renasce, sereno e preciso,
O olhar que transcende o ciclo e a dor
Paradigma nato, em seu passo indeciso,
Forja na dúvida o próprio valor.