A madrugada me acolhe em silêncio,
as estrelas piscam, sabem de mim.
Escrevo na brisa um novo começo,
deixo o passado partir, enfim.
Cada palavra desenha um caminho,
entre os versos, começo a me ver.
Percebo que nunca estive sozinha,
sempre houve um sol a renascer.
Se ela voltar, estarei sorrindo,
mas se não vier, sigo a cantar.
A vida é um rio que segue fluindo,
e eu aprendi a me encontrar.
O tempo me ensina a dançar com o vento,
abraço o instante sem medo de ir.
Pois mesmo que tudo se perca no tempo,
há sempre um motivo para existir.
E quando a aurora tocar minha pele,
levando a noite para outro lugar,
saberei que em mim algo floresce,
e nada no mundo pode me parar.