Cálice que transborda ecos...
Metade do silêncio
Corta-me a voz sem meias palavras...
Desouvo perplexo toda a incompreensão
Dos labirintos diários...
Perco-me a cada encontro.
Encontro-me em cada perdição...
Palavras são ditas
Palavras que se vão,
Palavras em vão partidas
Signos indecifrados, cheios de vazios...
O resto do silêncio que me resta
É solidão de letras e números
Na expressão aritmética
Do não saber violento...
Metade do silêncio
Corta-me a voz sem meias palavras...
Cálice que transborda ecos...