Fabricio Zigante

NA TAVERNA

Oh, vinde nobres garrafas de Cognac
Aos ébrios irmãos entregues a boêmia,
Ao prazer, ócio, embriaguez e a loucura,
Na taverna às negras noites de orgia!

 

Pobres homens onde o espírito brilhava
Hoje os vapores do vinho vem acender
Impuros desejos que tanto lhe consomem
Nas taças que a taverneira vem encher.

 

São pobres almas já condenadas ao inferno
Na penumbra da noite à lâmpada sombria,
Ladram como cães vadios pela rua
Os infelizes integrantes da maldita boêmia!

 

Cada qual tem sua história de vida,
Paixões, falsos amores e desenganos,
São faces pálidas que as fadas do absinto
Vem maliciosamente lhes roubar os anos.

 

Hoje são como espíritos que vagam
Mas já foram nobres homens um dia,
Essas folhas mortas arrastadas pelo vento
Nas negras noites entregues a boêmia!