Justine Ferreira

Ondas do mesmo verso

Navegamos em mares obscuros de ondas profanas,
Chamados vidas humanas,
Sem saber para onde ir, sem certezas,
Perdidos em nossos próprios universos, em fortalezas,
Ecos de sonhos, sussurros de medos.

 

Aqui, recaiamos sobre o manto do esquecimento,
Ora, sozinhos, ora com companhia, mas com todo o sentimento.
Quem somos nós, senão fragmentos de histórias,
Entrelaçados em busca de um sentido em nossas memórias,
Um fio tênue que nos conecta à existência?

 

A verdade é dura e cruel,
Eu sou você, você é eu,
Reflexos de uma humanidade ferida.
E para impedir que essa sombra devaste, devemos enxergar;
Não deixe que engula nossos universos sem lutar!

 

Devemos olhar além do que está à nossa frente,
O horizonte tem muitos ângulos presentes,
Com belezas escondidas, além das expostas, resplandecentes.
Em cada olhar, uma nova perspectiva,
Em cada gesto, uma ponte de luz, uma alternativa.

 

Para adiar o fim do mundo,
É simples, na essência, pense um segundo!
Apenas ser sincero, exposto e gentil,
Com os corações abertos, é sutil;
Abandone o coração hostil.

 

Assim, transformamos a dor em beleza,
A solidão torna-se comunhão em sua natureza.
E ao nos encontrarmos nas sombras da apetência,
Descobrimos que somos luz em sua pura resiliência,
Reflexos do mesmo céu, estrelas e o próprio universo;
Assim, todos somos o mesmo verso!