Imagens difusas
Tudo e quanto, no escuro do quarto
às duas da madrugada
A profundidade do nada
Alimenta de esperas
A qualidade do silêncio
Cheia de dialetos confusos
O paciente quer salvação
Mas o tempo não tem pressa
Para agradar com a cura
A espera do milagre
Mas o amor rivaliza
Com as lágrimas lançadas ao mar
Santa espera de uma humanidade
Rimas imperfeitas
Prontas para declamar a Deus
O tempo é roupa maltrapilha
Não tem remendo perfeito
Nem sapatos inteiros
Que façam andar .