Quisera eu ser céu, ser brisa,
voar até teus braços
e repousar no compasso acelerado
do teu peito, no brilho trêmulo dos teus olhos,
onde a felicidade se aninha.
Quisera eu ser chuva, deslizar sobre tua pele,
ser rio, levar tuas mágoas para longe,
ser tudo o que te envolve...
Mas deixei.
Por ironia ou destino,
a penumbra tomar minha voz,
afundar-se em meu silêncio
silenciando a multidão.