O tempo escorre entre meus dedos,
como areia teimosa ao vento.
Tento segurar, mas é em vão,
tudo se perde num só momento.
As horas dançam sem descanso,
e eu, refém desse compasso,
vejo o futuro se tornando passado
antes mesmo de dar um passo.
Os dias pesam sobre a pele,
marcando rimas no espelho.
Cada lembrança é um retrato,
pálido rastro de um ensejo.
Mas se o tempo é tão fugaz,
não o farei meu inimigo.
Que ele me leve onde quiser,
desde que eu vá contigo.
25 mar 2025 (10:58)