Mórbida...
Se eu me for
Que vá, sem dizer nada
Não importa, ainda que apagues minhas pegadas
Que ao sair, limpe os pés na porta de entrada
Quero partir sem saber a hora
Não levarei lembranças de outrora
Que vá, e deixe apenas aroma de rosas...
Que eu adormeça o tempo
E se for chegado o momento
Deixe tudo em meio a uma prosa...
Não quero tempo para despedidas
Não tenho coragem de encarar a sorte
Como encaro a vida
Não anseio partir
Mas se tiver que ir...
Que vá assim, sem sentir
Deixando saudades a porta
Sem pesares
Sem mácula
Sem volta…