Ah, vinte anos em amarga solidão!
Ah, tristes noites de minha vida
Desejando uma dama tão querida
Já nos braços de outro amor!
Oh, esses meus vinte anos...
A mocidade sonhada nesta juventude,
Ao menos um dia desfrutar nunca pude
Nos quentes lábios de uma dama amada!
Oh, meus olhos se inundam...
Ah, caiam, ó prantos meus,
E quantos são eles, ó Deus!
Mas uma esperança ainda vive.
Oh, esses meus vinte anos...
Paixão consome e muito arrasa
Esse meu coração em ardente brasa
Que tanto deseja estar ao lado dela!
Venha, mesmo que em doce sonho,
Pois se não vos tenho na realidade
Permita ao menos a minha felicidade
Nas minhas preciosas horas de sono!