O tempo escorre entre meus dedos,
como areia fina que o vento leva.
Teus olhos, lembrança em névoa,
teu riso, eco que a alma carrega.
As noites se alongam sem teu abraço,
o frio me veste como mortalha.
Na sombra da porta, teu nome murmuro,
mas só o vazio me acompanha.
Te espero nas horas que não passam,
nos sonhos que insistem em tecer
um mundo onde ainda te encontro,
onde o tempo esquece de doer.
Se soubesses o peso da ausência,
o silêncio que em mim se aninha,
saberias que cada suspiro
é um sussurro chamando por ti.
22 mar 2025 (10:56)