A saudade me corrói, devora devagar,
um eco de tempos que não vão voltar.
É como o vento que insiste em soprar,
traz teu perfume, mas não teu olhar.
Cada lembrança é um fio de dor,
tece em meu peito um manto de amor.
Tuas palavras, que um dia brilharam,
hoje são sombras que me abraçaram.
A noite me encontro em pranto e pavor,
abraço o vazio, converso com a dor.
E a saudade, em seu jogo cruel,
me faz te buscar num céu sem cor.
E quando a lua desenha teu rosto,
me perco em um sonho que nunca termina.
Mas ao despertar, só resta o desgosto,
da ausência fria que me assassina.
21 mar 2025 (10:45)