Anna Gonçalves

Ode ao fim

A moça, que escrevia, ficou um tempo afastada 

Cuidando da sua mente mas com suas loucuras desvalada

E aí veios as notas baixas

1, 2 e 3

Até chegar ao farol dos indecisos 

E sua complexa ironia e naturalismo sócio fatídico de algo sinistro que não era possível evitar 

E que o ponto final se tornou virgula

Buscando rotas, fazendo mais e mais poesias

então veio os relatos íntimos e uma força misteriosa

com seus atos e consequências e suas poesias

curtas para curtos casos

 

Seus anexos do amor gerou uma incógnita eterna

E o (Re)nascimento deixou a carne exposta

Quando se soube que era necessário 

mais e mais notas baixas

 

Entre os caracóis dos meus cabelos vermelhos

debaixo dos galhos de uma arvore, você via algo

era uma tal de lucidez clara de mil sóis

e permaneceu em vôos até o desbunde total

 

Onde meu desejo, era seu delírio

até chegar  mais notas baixas

mesmo que não havia nada que estava claro

com algo que \"parecia\" um amor extraterreno

e no seus solilóquio das suas incertezas

Mas era tudo ilusão criada em sua cabeça,
desviando o curso de algo torto do qual nunca queria.

 

Seu quarto bagunçado, 

ficou nas asas do arrependimento

teve que fazer seu movimento

passando pelo inferno até anunciada a chegada da sua paz

 

Se tornou navegante e manteve-se de pé

teve seus pensamentos concretos e abstratos

(Re)pensou sobre tudo aquilo, que rasgou teu peito

Até se estagnar e se ver em sua vertical de sentimentos 

E eu? 

Entre toda essa bagunça, 

observando de fora.

Entre sentimentos de idas e vindas

e de ser incerteza 

Fiz a vírgula virar um ponto final. 

E fui é viver a minha vida

Sem intrigas mais serena e ativa
Afinal, quando se importamos 
deixamos partir.