Ela caminha entre incertezas,
seus sentimentos dançam no escuro,
como sombras que se estendem
sem jamais se revelar.
A dúvida é seu manto,
seu coração é um enigma
que ela mesma não consegue decifrar.
Mas ele,
ele a observa em silêncio,
não questiona as lacunas entre eles.
Ele sente o que ela ainda não sabe,
o que ela ainda não reconhece.
E, mesmo sabendo que ela já deu seu coração
a outro que não a vê da mesma forma,
ele não desiste.
O amor que ele carrega
não exige respostas imediatas,
não exige promessas.
É paciente como o tempo,
que se estica e se desfaz,
mas permanece.
Ele acredita nela,
mesmo quando ela se perde
em seus próprios sentimentos.
O que ele sabe é simples:
que o amor, no fim, encontra seu caminho
mesmo quando as palavras faltam.
E, com o tempo, ela verá
o que ele sempre soube:
que os sentimentos não morrem
apenas se transformam.