Veio a brisa suave da aurora,
trazendo perfume de flor e renovo,
tocando minh’alma cansada e aflita,
erguendo-me em graça, tornando-me novo.
As feridas que outrora sangravam,
agora são pétalas, vivas, abertas,
do amor que me envolve, me chama pelo nome,
me faz repousar em promessas eternas.
Dos montes distantes ressoam Seus passos,
Seu olhar me alcança, me enche de luz,
sou d’Ele, sou d’Ele, minh’alma proclama,
me cerca Seu zelo, me abraça Sua cruz.
E então, como aurora, minh’alma desperta,
ergue-se em canto, em doce louvor,
pois vejo ao longe que vem o Amado,
saltando colinas, trazendo o amor.
O tempo chegou, as sombras se vão,
os vales ressoam um cântico novo,
levanto meus olhos, sei que Ele vem,
vem como a chuva, refazendo o povo.