Sinto uma vergonha profunda que me consome, uma sombra que se alastra em cada canto da minha existência. Olho para o meu corpo e vejo fraqueza, como se cada curva e cada linha fossem marcas de um fardo pesado que não consigo carregar. A minha alma, tão desgastada, parece gritar em silêncio, implorando por alívio.
Meus pensamentos são labirintos sombrios, repletos de dúvidas e inseguranças. A cada ação que tomo, sinto o peso do arrependimento, como se estivesse sempre à mercê de um destino cruel. Minhas palavras, que deveriam ser um reflexo da minha essência, soam vazias e sem vida, como ecos de uma voz que já não reconheço.
E assim, um nojo profundo brota dentro de mim, uma aversão ao que sou e ao que me tornei. É uma luta constante entre querer me amar e me sentir preso em uma rede de autocrítica e desespero. Nesse turbilhão de emoções, busco a luz que parece distante, esperando um dia encontrar a aceitação que tanto anseio.