pequeno verso

Enigma do ser

 

No espelho do tempo me vejo

um reflexo incerto em busca de sentido

alma que vagueia em fragmentos de memórias

que se desfazem como pó ao vento

 

Nas curvas da existência

sou eu, singular e confuso

um alguém entre sombras e luz

perguntando ao silêncio: \"Por que sou assim?\"

 

Cada instante é uma página

em um livro escrito pela ausência do passado

onde a infância se escondeu nas brumas

e o presente ecoa em notas de dúvida

 

Mas, na vastidão desse ser

há um pulsar que se recusa a silenciar

um grito mudo de consciência

que se reinventa a cada batida do coração.

 

Entre a efemeridade dos dias

e o mistério do que virá

sou apenas eu

um poema inacabado,

procurando, no próprio ser

O verso que dá sentido à vida.