Sakura Okinawa 777

Menina Sem Cor

 

 

Era uma menina sem cor, sem brilho, sem tom,

Como um quadro esquecido num canto sem sol.

Caminhava invisível por ruas de ninguém,

Desejando ser vista, tocada por alguém.

 

Seus olhos de vidro refletiam o vazio,

Sua voz era brisa, perdida no frio.

Os outros passavam sem nunca notar,

Que dentro do peito, algo queria gritar.

 

Mas um dia o vento soprou diferente,

E um raio de luz tocou sua mente.

Descobriu que a cor não vem de fora,

Mas nasce por dentro, e brilha sem hora.

 

Pintou-se de sonhos, de riso e de vida,

Rasgou a neblina que a mantinha perdida.

E assim a menina sem cor renasceu,

Brilhando em mil tons que

e ninguém percebeu.