Antonio Luiz

Semeadura sem amarras


nascem sem dono e sem nome sabido

pincelando de cores o chão distraído

algumas esparramadas feito boquejo

outras dadas como no primeiro beijo

 

há a que floresce meio fora de moda

e a que se exibe, aberta à noite toda

em comum um ideal trazido em botão

um jardim de liberdades, a sua razão

 

um dia secam, e nem há quem perceba

talvez o vento espalhe traços de seiva

e, quiçá, haja um feixe de luz receptor

um repouso pra alma livre de cada flor

 

 

-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 18/03/25 --