A vida é um sopro, um traço indizível
Um grão disperso na areia do tempo
Instante breve, risada no vento
Eterno ciclo, mistério invisível
Penso o real, universo incerto
Vendaval forte que tudo desfia
Morre a norma, renasce a utopia
Vaga a razão num mundo deserto
No fim do início, palavras se vão
Luta constante, escassez a ferir
Coração pulsa em seu próprio exílio
Angústia bela que finge existir
Ternura oculta no vasto vazio
Beleza efêmera a se consumir