A vida é o translinear no solo
De polos negativos e positivos
Há contexto em alguns livros
Onde há nossa historiografia
Fatos vividos ao longo do dia
Entre solo, águas e multidões
Tal qual disse Luís de Camões
A terra acaba o mar principia
Tudo é como as águas dum rio
Que passam e não voltam mais
E se não seguir as águas no cais
Ficarás nos corais sob lágrimas
Por deixar escapar essas águas
Pelo furo do arquivo preferido
Fugidio tal qual o tempo vivido
E seu trem levará àquela carga
Passe a ponte e siga um destino
Siga o tino se livre das amarras
Cantar no tom daquela cigarra
Dueto lindo que merece palmas
Fazendo eco às planícies calmas
Qual olhar da mulher mais bela
Que ao fitar lindo Sol na janela
Deixa dourar às franjas da alma
A vida só é completa com alguém
Não ter ninguém subtrai carinho
É qual um coala que vive sozinho
Você é ser humano é encantador
Conhece o chilrear do beija-flor
Que beija as flores do teu jardim
A vida é um translinear sem fim
E entre os polos busca seu amor