Teus belos traços, minha dama amiga
Me cobriram a mente como um manto
Pois meu amor por ti no peito cresce tanto
E em noites solitárias a delirar me obriga.
Que a humilde poesia ao teu coração diga
Que este infeliz poeta vive por enquanto
Pois ainda não lhe rompeu a fibra o pranto
Que há muito me maltrata e o coração fadiga.
Ah, como queria sentir teu corpo tão perto,
Vivo a sonhar com esse doce ensejo
Levando no peito o coração para ti aberto;
E como pelo profundo e ardente desejo
Nesta vida, ó dama, jamais consigo ser liberto
Cada dia mais enamorado por ti me vejo.