Sonhei um sonho em que voava
Sonhei um sonho em que brilhava
Sonhei um sonho tão belo e livre
Que não queria mais experienciar o real
Queria ver a lua se derramando em pequenas e deliciosas gotas.
Escorrendo em seu Rio límpido que dela corre ao profundo mar de amores perdidos e levados
Pelas areias do tempo,
que calmamente se acomodaram em seu fundo.
São elas as bases para os pés aventureiros e serelepes dos jovens apaixonados.
Sonhei com altas montanhas,
Onde as águas correm para cima
Para o abraço gelado dos picos de meus medos.
Em um constante degelo entre minhas falsas coragens,
E sorrisos abafadores de meus soluços na madrugada.
Soluços silenciosos
Pois já não tenho lágrimas a escorrer nem nós que já não me acostumei.
Sonhei com uma terra virgem
Livre da maldade do homem
Alegre em sua magestade desoladora.
Sonhei com escombros da antiga sociedade,
Enterrada em suas falsidades e grosserias.
Ah como sonhei
Com auras limpas e sem máculas de famílias de mortos vivos.
Ah eu sonhei
E como sonhei
A ponto de escorrer-me lágrimas dos olhos
E nós que não me acostumei me apertarem o peito.
Mas sonhei e sonhei...