Eu te vi, olhos retidos nos meus!
Fora tamanha insistência em me olhar
Que o mundo resolveu, então, parar
E até a luz da lua escureceu.
Fiquei por instantes naquele enlevo
Sem saber se era real ou ilusão...
Um nó a apertar o coração
Na metáfora das rimas que escrevo.
No despertar daquele devaneio
Um estranho calor me sobreveio
Como se o arroubo daquele momento
Levasse meu corpo, também a mente
A um céu que existia em mim somente
E pra sempre gravei o tal momento