A insônia vem tomando conta.
O café já não faz mais efeito,
os remédios que me mantinham viva
perdem, pouco a pouco, seu jeito.
A vontade de escrever pulsa acelerada,
único alívio nessa madrugada.
Mas o calor infernal me corrói,
É como a dor-
ardida, esmagando o corpo inteiro.
As escrituras já não fazem sentido,
as noites se arrastam sem abrigo.
O cansaço pesa,
o corpo cede,
mas o sono nunca vem.