Clamam os trompetes, gritam os tambores
Chamam aqueles que findarão do mundo as dores
Serenos e sombrios, senhores arcanos
Vieram apagar da face da Terra os seres humanos
Aquele que corrói, consome a alma
Rasga a carne, mas sempre com calma
Nunca satisfeito, mente e corpo consome
O medo de todo e qualquer ser vivo, Fome
Aquele que envenena e putrefa a vida
Que faz do sangue e do pus sua bebida
Em todos aplica seu infalível teste
Para o qual os mais fracos sucumbem, Peste
O marrom da lama e o vermelho do sangue
Pelo deserto e floresta, até o mais inóspito mangue
Aquele que vira homens contra homens, nunca erra
Destrói a humanidade de dentro para fora, Guerra
Aquele que não escolhe alvos, a todos alcança
E o sofrimento da vida e da liberdade amansa
Manipulando o futuro, o destino e a sorte
A paz derradeira do homem, Morte