Jantar estragado e velas pingando
Botei o ouvido na porta para escutar
Nenhum deles veio comemorar
Tudo o que escutei foram lágrimas barulhentas
Céu rancoroso, chuva ácida sob a cidade
Dizem que cada um tem que se salvar
Mas o que acontece com aqueles que não conseguem?
Vejo eles se perderem no meio da multidão
Rosto irreconhecível, pálpebras inchadas
Escutei suas lágrimas barulhentas pela noite
Procurando o próprio remorso, sua maquiagem escorrendo pelo ralo
Chuveiro castiga, o coração se arrebata, quando foi a última vez que tomou seu remédio?
Estive mantendo minha cabeça fora da corda
Mentiras escorrem pelos telhados, enquanto a casa cai
Garrafas espalhadas, sangue derramado, hoje não parece um bom dia
População rancorosa, tentando desligar a tempestade da própria culpa
Mate os insetos, lave o rosto e coma alguma coisa
Tome um pano, se vista, vá ao médico e seque suas lágrimas barulhentas...