No mato grosso ela graceja com malemolência
Girando ela mata os males sem violência
Mitigando a miséria e garantindo a graça no ato
Com malemolência graceja ela no grosso mato
O nome da musa que movimentos manipula não se sabe
Passa o mato por suas mãos sem que se acabe
No céu os pássaros migram e a minguante se aproxima
Enquanto as sementes no grosso do mato ela prima
A musa corre, leve, afasta-se ligeira
E o eu lírico aproxima-se mórbido da beira
Alcança-a rapaz, alcança-a se não
A criatividade como água escorre-lhe da mão
Líquido subjetivo, palavras sem sentido
A musa afasta-se como se de antemão tivesse sabido
Ele só quer escrever para passar o tempo de novo
Sozinho no mato grosso ele deixa sua mensagem ao povo