Penso demais... Na vida.. Como um rio que não sabe parar,
leva sonhos, lembranças, sem pedir pra voltar.
E eu me encontro na margem,
olhando por um momento o fluxo passar,
pergunto as nuvens, o que é mesmo amar?
Trabalho, trabalho, construo meu chão,
mas será que é meu ou só ilusão?
De pessoas das quais não faço nenhuma questão.
Estou em um dilema, meu irmão.
Compro coisas vazias, encho a mão,
e o coração segue na contramão.
Penso no agora, no depois, no talvez,
na vida que escorre em minha memória que se desfez.
Será que é pra ser?
Será que não é?
Ou será que a vida é só o que a gente faz?
E um certo medo clichê que os meus pais viveram,
e que nego a mim a querer viver também,
mas cada um carrega o seu próprio alguém.
Sabe se lá agora quem é quem...
A vida é curta, o tempo é um só,
e eu sigo buscando o que ainda não sei...
Talvez eu encontrei, sei lá, já não sei,
já penso demais sem se quer pensar direito.
Em uma memória que se desfaz
Ah, se for pra ser, que seja sem medo,
com versos, com risos, com o peito aberto.
Se é pra dizer, eu direi ao mundo,
que eu quero o sossego e a mistura
do frio da barriga nesse sopro de vida