Não posso parar, não posso parar de imaginar
Como as pessoas da Califórnia conseguem penetrar
Tão fundo os seus olhos na beira do mar
Do infortúnio com um leve toque de pesar
A neve branca, o verão negro, a necessidade obscura
Debaixo da ponte as almas lamentam o que não se pode curar
Uma lágrima, uma cicatriz reaberta do outro lado
De uma asa delta com voo sem vento findado
Alías, desista, entregue-se ao destino impiedoso
Não posso parar, não posso parar o cheiro venenoso
De cancro, de morte da mortalha do moribundo
Ao redor do mundo em delírios me afundo
Diga-me querido, o que lhe dizem as flores?
As lágrimas do amor doente provocam dores
Que rasgam a pele e escorrem pela mão
Abrindo lacunas na alma, vãos em vão