Não importa o tanto que eu tente,
meus olhos já não brilham
como brilhavam quando te via,
quando me via nos seus olhos,
quando sentia que você estava ali,
e dentro de mim.
Mas ainda há um brilho,
um brilho que agora escorre,
quente, pelas minhas bochechas,
quando me perco nas nossas fotos.
São lágrimas que carregam
o peso de um amor que não se apaga,
mesmo que distante,
mesmo que transformado.
E nesse rio de brilho, descubro
que você ainda está aqui,
nos meus olhos,
mas...
não como vida ou alegria,
mas como o sal das minhas lágrimas,
no calor que não são mais suas mãos sobre as minhas,
mas um caminho quente e sozinho,
que desce pelo meu rosto, lentamente,
e me lembra que aqui é o fim.