Quantos anos o tempo dessa espera,
Sem um vulto sequer de tua presença,
Nos dias que se iam, uma quimera...
Um desejo mais que simples querença.
Hoje a espera veste a cor da esperança
Num vislumbre de matar tua ausência.
Como depois da chuva vem bonança,
Depois da saudade, tua presença
Que estava em memória do meu passado,
Chega como perdão ao meu pecado
Como se essa espera tenha valido
Talvez pela inexplicável certeza
Que o amor não nada contra a correnteza:
Um para o outro fomos concebidos