Quando contar segredos…
Quando a luz no olhar se expande
Ao toque de outra não mais se esconde
Quando o sangue que corre nas veias acelerar
e o coração escancarar o sentir, soar longe
Nada esconda, se houver segredos, conte!
E, quando o tudo parecer nada,
Frente ao outro que o completa
Deixe a porta aberta
Que a morada seja cativante
Se houver poeira, limpe
Logo conte…
Quando o universo se fizer pequeno
E sua estrela não estiver longe
Mesmo que o tempo não seja ameno
Seja grande, vá e conte!
Conte suas fraquezas
Coloque-as à mesa, também ponha aí os malfeitos.
Perderão as asperezas…
Conte seus erros, partindo -os ao meio
Antes que o tempo os mostre
E sejas devorado pelo receio…
Mas, se a ninguém contar
Quando o peso encurvar sua alma
E houver em si, mais noites que calma
Busque sua estrela guia
Ela sabe do tamanho de teu fardo
Está sempre a espe
ra
Que queiras ser perdoado…