Manoela

Na varanda

Uma rua sem saída
Muito verde ao redor
Onde os sons dos passarinhos
Não me deixam sentir só


Uma varanda bem florida
Em que o sol tímido da manhã
Forma pequenos arco-íris
Em tons de aquarela

 

Debruçada na janela
Divago em meus pensamentos
Entre goles de café
E suspiros incessantes

 

Andorinhas dão rasantes
Exalando liberdade
Como donas da cidade
E de todo resto do mundo

 

Fecho os olhos num segundo
Entorpecida de energia
Então entendo que no fundo


Eu até tento fazer poema
Mas essa vista
É que é poesia