Lucas A

Deus, o fiel e o suicídio

A lamina fria no meu pulso

Tentando conter o impulso

 

Na cozinha, ajoelhado

Me sentindo humilhado

 

Várias emoções escondidas

As linhas da sanidade quase fendidas

 

O coração apenas um retalho

Libertando o pranto acorrentado

 

Aquela maldita voz dizendo corte

Deixe, desista, sucumba a morte

 

A Deus clamando para viver

Me de o sinal para a esperança do suicídio desfalecer

 

Parado, esperando, enquanto a lágrima escoa

Apenas o silencio ecoa

 

O Altíssimo não responde

 

Mas um sussurro do fundo reverbera

A promessa de Deus, por eras esquecida, se revela

 

Oro, e para Jesus peço desculpa

Pois do seu amor não existe fuga