Hoje acordei diferente,
Era um dia estranhamente familiar,
Mas, ainda assim, dissidente.
Não sei se era o clima, o vento, o cheiro ou os sentimentos.
O sangue nas mãos eram pistas do crime cometido,
A inquietude e a sobriedade denunciavam uma eterna aflição.
Sua vida, tudo pelo que lutou, havia sumido,
E seu coração vagava sem foco, rumo ou razão.
Assim era sua existência: sempre buscando a razão, mas se rendendo à emoção.
Um romântico sem paixão, um cantor sem voz, um escritor sem palavras.
Era assim que se sentia o boêmio da vida fracassada.
Se tivesse que se descrever, anotaria apenas algumas palavras:
Foi bom te conhecer. Te encontro em outra estrada.