BRINCANDO COM FOGO
És o fantasma que retorna voraz e sedenta
Mas de carne, de alma, e perfume amadeirado.
Teus passos são ecos de memórias vivas,
Teu olhar, um segredo que nunca se apaga.
Minha juventude nunca morreu
E tu benz sabe que ela repousa entre as curvas do teu corpo,
E desperta a cada toque dos teus dedos.
Somos o perigo que desafia o tempo,
O feitiço que bis prende entre o olímpio e o hades
Teu amor é labirinto de promessas,
Caminho de seda e tentação,
Onde cada beijo sela um pacto
E cada encontro é um risco doce.
És o desejo que beija meus lábios,
E eu, um homem que nunca temeu o abismo,
Flerto com o Hades, passeio pelo Tártaro,
E sorrio diante dos portões do submundo
Enquanto Cérbero ruge às nossas sombras.
Nós dois, dançando entre chamas e delírios,
Eu te falo de amor, mas é desejo o que me consome.
Tua pele macia me oferece pecado e redenção,
Teu cheiro, mais embriagante que o vinho dos deuses.
Nosso reencontro sempre para o mundo,
Mas, oh, como desejamos que nunca tenha fim. Mas por caprichos do tempo tão logo passa
Teus beijos são promessa e seduções
E eu, tolo, aceito sem hesitar.
Porque ao seu lado já não sou mais um homem sensato,
Sou um eterno viajante das chamas,
Que pisa descalço nas brasas do Tártaro,
E volta, sempre volta, faminto do proibido.
Assim me faço Dom Juan,
Mas quem não se rende quando encontra a loucura do desejo?
Posso tentar fugir,
Mas tu és o vício que renasce a cada aurora,
E eu sou aquele que retorna,
Porque a verdade, minha doce tentação,
É que me atrevo a dançar com o proibido.
Pois no fim, é o risco que me embriaga,
E quem mais pode entender isso senão nós dois,
Que nos conhecemos desde as mas tenras auroras
Sempre queimamos com o fogo,
E, como mariposas, voltamos sempre a ele,
Em busca da chama que nos fazem