Escrevo.
É é como mi salvo de mim mesma.
Escrever e\' como o canto de sereia que ameaça
E pode naufragar o incauto navegador,meu provável leitor.
Evita sim,que eu me afogue em mim mesma.
Escrever lanÇA luzes nas ocultas trevas de um porão onde
um bau\' se esconde.
Nele armazeno, zelosamente ,meus medos inconfessos,
minhas dores,as sentidas e as nao- sentidas mas tão consentidas.
Guardo meus uivos de loba,sanguinolenta ainda de minhas vítimas,
essas que mal amei,a quem descurei,gente de quem me afastei,
cruelmente,com desdém de soberania.
Resquícios de meu passado jazem naquele baú.
Mesmo bem fechado, as coisas lá guardadas,esgueiram- se e vêm à minha mente.
Eu as temo,de certo modo,sim.
Mas,o que temo mesmo é meu inconsciente!.
Maria V Dorta 1-08-2020