Rotula-me como seu amante, mulher.
Rotula-me através daquele seu desejo ardente sobre meu corpo.
Desenhando e imaginando através das letras meu amor.
Sacie sua fome e desejo carnal, mulher.
Debruçada sob meus versos de amor,
Sonhando acordada com meu corpo tocando suavemente seu corpo.
Rotula-me, mulher.
Como seu amante escondido nas madrugadas quentes do verão carioca.
Tocando de forma ininterrupta teu sexo na tentativa de apagar a chama que corrói suas entranhas.
Rotula-me, mulher.
Sobre este tesão, sob esta vontade que te consome em desejo.
Imaginando tocar em meu peito desnudo e peludo onde poderei sentir a maciez de suas loucas mãos.
Rotula-me como seu amante as escondidas,
Talvez por receio de suas amigas me roubarem de ti,
Talvez por mero egoísmo ao coração.
Rotula-me ao seu bel prazer, querida.
Mas nunca diga que não te amei com fervor e devoção.
E que sempre fui o seu poeta preferido.
Rotula-me, morena.
Baseado naquele seu desejo latente desenhando com os dedos o caminho rumo ao teu sexo.
Permita-me percorrer seu corpo saciando os desejos de sua alma.
Permita-me libertar este seu tesão acumulado de puro prazer em seu corpo, mulher.
Rotulando como único o meu amor,
Rotulando meu coração errante como sua única salvação do prazer encarcerado em sua alma.
Rotulando meus beijos como sua única salvação desta prisão sentimental chamada solidão.
Autor O Amante das Palavras.