Amor, sentimento que me maltrata e me condena,
Que causa grande sofrimento, imensa dor
Ao enamorado coração do nobre trovador
Que vive sonhando com aquela fronte serena.
Destino cruel, de mim jamais teve pena,
Me fazes chorar e nos versos me opor
A vida que levo no mundo sem aquele amor
Atuando no teatro da vida uma solitária cena.
Na fria solidão do meu leito minh\'alma chora,
Quando chega a noite, a imagem dela recordando
Quero ir até ela buscar em seu coração um abrigo;
Quando a noite finda, ao albor da aurora
Abro meus olhos e ocioso fico pensando
Se talvez naquela noite ela sonhou comigo.