homem_de_Homens

Puto e Travado: Noites de Sexo e Pó

O pó escorre pelo espelho,
linhas brancas que me travam,
que me deixam elétrico,
pronto pra guerra.
Eu me arqueio,
de quatro no quarto,
um convite aberto,
um sinal verde para o desejo.

Eles vêm,
um após o outro,
filas de machos com fome,
e eu sou o prato principal.
Minha boca,
meu cu,
minhas coxas,
tudo é deles.
Eu sou o buraco que eles precisam,
o depósito de todas as suas porras,
de todos os seus desejos.

Cada enfiada é um soco,
cada gozo é uma vitória.
Eu grito,
eu gemo,
eu sou o centro desse universo de putaria.
A cocaína corre nas veias,
um fogo gelado que me faz sentir invencível.

E no meio dessa orgia,
eu me perco,
me encontro,
me torno algo maior que eu mesmo.
Não há vergonha,
não há medo,
só o agora,
só o prazer,
só a vida pulsando sem freios.

Quando a noite acaba,
e o sol nasce,
eu fico deitado,
respirando pesado,
o cheiro de sexo e pó no ar.
Eles olham pra mim,
eu olho pra eles,
e já sabemos:
vamos fazer de novo