Poema - Mais Tarde
Deixa para mais tarde nosso amor, morena.
Deixa para mais tarde nossas brigas, nossas intrigas ao coração.
Deixa para mais tarde os estilhaços do meu coração,
Penetrando em minha carne e me magoando.
Deixa para mais tarde juntar os cacos desta relação,
Deixa para mais tarde nossas conspirações ao amor,
Nossas desconfianças e aquele seu tanto faz ao amor, morena.
Deixe pelo menos eu juntar os cacos do meu amor,
Deixe eu colar cada pedacinho deste meu mundo de palavras
Para que depois possamos jogar no ventilador nossas verdades desta relação, mulher.
Talvez mais tarde este amor esteja mais maduro,
Talvez mais tarde possamos conversar como adultos
Todas as rotas que traçamos ao amor.
E encontrar o momento exato em que fomos vítimas de nossas intrigas do coração.
Talvez mais tarde possamos nos reencontrar em alguma esquina de São Paulo e pedir desculpas.
Por termos sidos tão inocentes em questões fúteis no amor.
E ao invés de apontarmos os canhões da desconfiança,
Tivéssemos pedido tréguas ao coração.
Talvez mais tarde possamos entender que o inimigo não morava ao lado mas sim dentro de nossos corações.
Entre desconfianças e sentimentos nunca rezados ou esquecidos de lado.
Talvez mais tarde uma nova versão de mim esteja pronto para recomeçar.
Talvez mais tarde encontremos a saída daquele círculo vicioso da desconfiança.
Talvez mais tarde,morena.
Você possa entender que sempre fui leal ao seu amor.
Mesmo nos seus dias de fúria ao coração.
Mesmo nos dias em que nuvens negras pararam sobre nossas cabeças,
E tentei ser a luz que te guiaria para o amor.
Mas você nunca entendeu ou enxergou a saída cega pelas mentiras de suas amigas.
Talvez mais tarde possamos ser meros estranhos nos cruzando pelas esquinas de São Paulo,
E mesmo não dizendo em palavras,
Que fomos um casal perfeito no inicio
Que fomos vítimas de nossas picuinhas amorosas
E que afundamos nossa relação junto com aquela âncora chamada desilusão.
Autor O Amante das Palavras.