A PESTE EM MACONDO
Chico Lino
- A Lauro Antonio Puppin
Vejam ilustres estrangeiros
Em que tornou-se
O país dos brasileiros
Não é fantástico
Concorremos ao Nobel
De pior realidade
Constatam agora
A perspicácia insana
Nunca pareceu lucidez
Anestésica insônia
Queima nossos olhos
A golpes de vista
E quer tudo relegado
Ao esquecimento
Tenham cuidado
Com o que aspiram
Pois um desejo ardente
É materializável
Sonhando acordado
Sobre a folha de papel
Torno em realidade
Tontos sonhos
Proponhamos
A não rotulação
A não convenção
\"O que é um nome?\"
Esquecer o poste
A viga, a mestra
A dor, o pecado
A pena e a lei
O perdão
A culpa impingida
Vencidos venenos
Se usados
Matam mais
Ou matam menos?
Nada...
Em Macondo
Não há tempo
Nem memória
Só o esquecimento
Nos une