Pouco me importa, minha formosa Luana
Que de meu peito o coração tomes
Se minha razão já tanto consomes
Fazendo suas vontades em mim, tão leviana.
De todos meus pensamentos você afana,
Em meu coração ainda mais tu te assomes
E verás no livro dos amantes os nossos nomes
Em douradas letras, minha musa tirana.
Se teu desejo for me tirar o sopro da vida
Arranque o enamorado coração de meu peito
Eu nada farei, sou teu servo poeta a ti rendido;
E lhe asseguro, minha dama querida,
Faça em mim tudo o que tiver direito
Mas jamais verás um dia esse amor desvanecido.